1) Explique o que é estrutura social?
2) Explique o que é estratificação social?
3) Faça uma pesquisa sobre o hinduísmo.
4) Explique o que é o sistema de castas e aponte suas principais características.
5) Pesquise sobre a situação dos párias na Índia Contemporânea.
6) Explique o que é sociedade estamental e aponte suas principais características.
domingo, 17 de junho de 2012
A SOCIEDADE CAPITALISTA E AS CLASSES SOCIAIS
A sociedade capitalista é estratificada em classes sociais. Esse tipo de estratificação baseia-se na economia e na política.
As classes podem ser divididas de
acordo com a posição dos indivíduos no processo de produção ou conforme a
capacidade de consumo. Os indivíduos que ocupam as posições mais elevadas
possuem acesso a todos os bens materiais e imateriais necessários à
sobrevivência, já aqueles que ocupam posições menos elevadas possuem extrema dificuldade
para ter acesso a esses bens.
CARACTERÍSTICA:
Existência de mobilidade social.
Classificação de acordo com
posição no processo de produção:
Classe burguesa (alta, média e
baixa)
Classe operária
Classificação conforme a
capacidade de consumo:
Classe alta
Classe média
Classe baixa
ou
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Classe E
EXPLICAÇÕES SOCIOLÓGICAS DAS CLASSES SOCIAIS
KARL MARX
Segundo Karl Marx as sociedades
capitalistas são regidas por relações em que o capital e o trabalho são
dominantes. Dessas relações emergem duas classes sociais: a burguesia que
personifica o capital e o proletariado que personifica o trabalho assalariada.
Além dessas classes sociais existe a classe média, que ora apoia a burguesia,
ora apoia o proletariado. Para Marx, o
motor da história é a luta de classes. Para ele, a única classe capaz de
promover a superação do capitalismo é o proletariado. Apenas esta classe poderá
realizar a revolução, estabelecer a ditadura do proletariado (socialismo) e, a
seguir, estabelecer uma sociedade sem classes(comunismo).
MAX WEBER
Para Max Weber, a estratificação
da sociedade possui três dimensões: riqueza, prestígio e poder. Observa que
alguns podem ter riqueza e não ter prestígio e poder; podem ter prestígio e não
ter nem riqueza nem poder; e pode ter poder e não possuir riqueza e prestígio.
Neste sentido, classe é todo
grupo humano que se encontra em igual situação de classe, ou seja que tem o
mesmo acesso à riqueza, ao prestígio ou ao poder. Para ele, as lutas de classes
não são o motor da história, mas uma manifestação para a manutenção da riqueza,
do prestígio ou do poder em uma situação histórica específica.
OPORTUNIDADES E ESTRATIFICAÇÃO
Alguns sociólogos
norte-americanos como Kingsley Davis e Wilbert E. Moore consideram que na
sociedade capitalista haverá possibilidade de ascensão social se for oferecida igualdade
de oportunidades. Porém, alguns aproveitarão as oportunidades e outros não
aproveitarão porque alguns possuem mais talentos do que outros.
INDIANA FORÇADA A CASAR AOS 12 ANOS SUPERA ABUSOS E VIRA MILIONÁRIA
Uma mulher indiana de uma classe marginalizada, que chegou a tentar o suicídio para escapar da discriminação, da pobreza e dos abusos físicos, é hoje a presidente-executiva de uma empresa multimilionária da Índia.
A vida de Kalpana Saroj, executiva bem-sucedida e premiada, tem elementos que parecem saídos de um filme de Bollywood, com a superação de obstáculos até chegar a um final feliz.
Nascida em uma baixa casta do grupo Dalit (uma população sul-asiática de várias castas considerada intocável), Saroj foi vítima de bullying na escola, forçada a se casar aos 12 anos, enfrentou pressões sociais para conseguir abandonar seu marido e tentou tirar sua própria vida.
"A primeira vez que cheguei em Mumbai (sul da Índia), sequer sabia para onde ir. Eu vinha de uma aldeia tão pequena. Hoje minha companhia dá nome a duas estradas na cidade", relata Saroj, resumindo as transformações que enfrentou em sua vida.
Sistema de castas
O sistema de castas da Índia é uma antiga forma de hierarquia social, em que a pessoa é desde seu nascimento classificada em uma categoria da sociedade. Quem nasce em castas mais baixas é historicamente fadado à discriminação. "Os pais de alguns de meus amigos não me deixavam entrar em suas casas. Eu não podia participar de algumas atividades da escola por ser Dalit", diz Saroj, hoje com 52 anos.
Seu pai permitiu que ela obtivesse educação escolar, mas pressões sociais a forçaram a se tornar uma noiva aos 12 anos. Mudou-se para uma favela de Mumbai com seu marido, dez anos mais velho. Para piorar, começou a sofrer abusos. "Fui maltratada pelo irmão mais velho do meu marido e pela mulher dele. Eles puxavam meu cabelo e me batiam, às vezes por coisas pequenas. Eu me sentia quebrada pelas agressões verbais e físicas."
O ato de abandonar um marido é fortemente repreendido na cultura indiana, mas, graças ao apoio de seu pai - que, durante uma visita a Mumbai, chocou-se ao ver a filha abatida e vestindo trapos -, Saroj conseguiu escapar de seu relacionamento abusivo.
O retorno de Saroj a sua aldeia natal, no entanto, foi visto como um fracasso pelos vizinhos. Para escapar da pressão social, ela focou suas energias em tentar obter um emprego e aprender a costurar.
Mas, mesmo após conquistar algum grau de independência, ela não conseguiu suportar a pressão. "Certo dia decidi pôr fim à minha vida. Bebi três garrafas de inseticida", recorda. Foi salva por sua tia, que entrou no quarto e encontrou-se com ela espumando e convulsionando incontrolavelmente.
Virada
A tentativa foi um ponto de virada em sua vida. "Decidi que ia viver a minha vida e fazer algo grandioso." Aos 16 anos, ela mudou-se de volta a Mumbai e foi morar na casa de um tio, para trabalhar como alfaiate. Começou recebendo um dólar por mês para operar máquinas de costura industriais. Foi recebendo seu salário aos poucos, mas, quando ela percebeu que o dinheiro seria insuficiente para pagar um tratamento de saúde para sua irmã doente, descobriu que precisaria ir além. "Fiquei muito desapontada ao notar que o dinheiro importa sim na vida, e eu precisava ganhar mais", afirma.
Ela tomou um empréstimo do governo e abriu um empreendimento no setor de móveis. Fazendo jornadas de trabalho de 16 horas diárias - hábito que mantém até hoje -, acabou conquistando admiração no mundo empresarial. Foi convidada a assumir o comando de uma empresa de produção de metais, Kamani Tubes, que estava fortemente endividada. Reestruturou e mudou a companhia.
"Queria fazer justiça para os empregados da empresa", diz Saroj sobre sua motivação. "Tinha que salvá-la. Eu entendia a posição das pessoas que trabalhavam ali e precisavam pôr comida na mesa de suas famílias."
A Kamani Tubes é hoje uma empresa multimilionária, que emprega pessoas de diferentes castas. Saroj, por sua vez, casou-se novamente, com um executivo do setor moveleiro, e teve dois filhos. Como Dalit e como mulher, sua história é um ponto fora da curva num país onde tão poucos altos executivos têm origens marginalizadas.
BBC Brasil. Indiana forçada a casar aos 12 anos supera abusos e torna-se milionária. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5798985-EI8143,00-Indiana+forcada+a+casar+aos+anos+supera+abusos+e+vira+milionaria.html. Acesso em: 17/06/2012.
"INTOCÁVEL" É ESTRANGULADA APÓS LINCHAMENTO EM PÚBLICO E ACUSAÇÃO DE BRUXARIA
Em partes mais pobres da Índia, mulheres são torturadas ou maltratadas por acusações
Uma mulher da casta "intocável", a mais baixa do sistema social hindu, morreu nesta quinta-feira (24) assassinada em público pelas mãos de um vizinho, que a acusou de bruxaria, informou uma fonte policial citada pela agência indiana Ians.
O assassinato ocorreu na região norte de Bihar, e a vítima, identificada como Lashki Devi, de 58 anos, foi brutalmente ferida antes de ser estrangulada, segundo a polícia.
Os aldeães do povoado, Chotki Kewla, explicaram aos oficiais que o agressor, Kapil Bhuiyan, acusou à mulher de praticar bruxaria e bateu nela diante de todos.
"Quando ela ficou inconsciente, o acusado a arrastou até uma floresta próxima, onde a estrangulou", afirmou a polícia.
A polícia deteve Bhuiyan depois do marido da vítima denunciar o ocorrido.
Em áreas rurais de Bihar, uma das regiões mais pobres da Índia, ainda ocorrem acusações de bruxaria e, de vez em quando, mulheres são torturadas ou maltratadas em virtude destas superstições ancestrais.
Há um mês, uma mulher foi forçada por uma multidão a comer excrementos humanos após ser acusada de bruxaria no distrito de Sitamarhi.
Vários governos regionais promoveram nos últimos anos campanhas para erradicar tanto os linchamentos de supostas bruxas como os sacrifícios humanos, embora esta última prática seja cada vez menos comum.
EFE. Intocável é estrangulada após linchamento em público e acusação de bruxaria. Disponível em: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/-intocavel-e-estrangulada-apos-linchamento-em-publico-e-acusacao-de-bruxaria-20120524.html. Acesso em: 17/06/2012.
ESTRUTURA E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
ESTRUTURA SOCIAL – relação entre fatores políticos,
econômicos, sociais, culturais, religiosos que caracterizam uma sociedade.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL – É o modo como os indivíduos são
classificados em estratos sociais e como ocorre a mobilidade de um estrato para
outro.
TIPOS DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL:
SOCIEDADE DE CASTAS
A Índia é a sociedade de castas
mais conhecida. Esse tipo de estratificação social surgiu há cerca de três
milênios e é possível ser percebido até hoje apesar do sistema de castas ter
sido oficialmente abolido em 1950. Essa estratificação se baseia principalmente
na religião. Cada casta teria surgido a partir de uma parte do corpo do deus Brahman. A parte do corpo de onde nasceu cada casta determina o nível de pureza e valor de cada casta.
Existem quatro castas:
Bramânes – casta superior formada
por sacerdotes, que surgiu da cabeça de Brahman;
Xátrias – casta intermediária
formada por guerreiros, que surgiu dos braços de Brahman;
Vaixás – casta intermediária
formada por comerciantes, que surgiu das pernas de Brahman;
Sudras – casta inferior
responsável pelos trabalhos manuais, que surgiu dos pés de Brahman;
Além das quatro castas, existem
os párias que não constituem casta porque surgiram da poeira que estava abaixo
dos pés de Brahman.
CARACTERÍSTICA:
Imobilidade social
Essa imobilidade manifesta-se nos
seguintes aspectos:
– A religião determinava os
direitos e deveres de cada casta;
- Quem nascia numa casta não poderia
mudar para outra;
- Não era possível o casamento entre
membros de castas diversas;
- Cada casta só poderia consumir
os alimentos próprios da sua casta e preparados por seus membros;
- Não era possível o contato
físico com membros de outras castas.
Desintegração do sistema de
castas
O sistema de castas indiano está
sendo desintegrado ao pouco devido à presença do sistema capitalismo.
Atualmente, existe um programa de
cotas para inclusão de castas consideradas inferiores nas universidades
públicas.
SOCIEDADES ESTAMENTAIS
A sociedade medieval e a
sociedade moderna eram sociedades estamentais. Esse tipo de estratificação
baseia-se no nascimento.
A sociedade medieval dividia-se
em:
Clero – formado por membros da
baixa e da alta hierarquia da Igreja Católica, tinha a função de orar pela
salvação das almas;
Nobreza – formada pelos
guerreiros, tinha a missão de zelar pela segurança da sociedade;
Servos – formada pelos trabalhadores,
tinha a função de prover o sustento de todos os outros estamentos.
A sociedade francesa moderna
dividia-se em:
Primeiro Estado – formado pelo
clero, membros da baixa e da alta hierarquia da Igreja Católica;
Segundo Estado – formado pela
nobreza provincial, cortesã e de toga;
Terceiro Estado – formado pela
burguesia, profissionais liberais, artesãos, operários e camponeses.
CARACTERÍSTICA:
Pouca mobilidade social.
Essa pouca mobilidade
manifesta-se nos seguintes aspectos:
- O nascimento determinava os
direitos e deveres de cada indivíduo;
- A propriedade da terra era o
maior símbolo de poder;
– Quem nascia num estamento
dificilmente poderia mudar para outro;
- Era muito difícil o casamento entre
membros de estamentos diversos.
- Cada casta só pode consumir os
alimentos próprios da sua casta e preparados por seus membros.
- Não é possível o contato físico
com membros de outras castas.
DESIGUALDADES SOCIAIS
Nos dois tipos de sociedades
estudadas a pobreza era a expressão mais visível das desigualdades. A diferença
é que a na sociedade de castas a pobreza é definida pela religião e na
estamental a pobreza é definida pelo nascimento.
A partir do século XVI, os pobres
passaram a ser considerados como ameaça social e o Estado assumiu a função de
discipliná-los.
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA - ATIVIDADE
1) Como Saint-Simon caracterizava a sociedade em que vivia?
2) Segundo Saint-Simon, como era possível superar a crise social advinda da Revolução Industrial?
3) Para Saint-Simon, qual era a função da Sociologia?
4) Explique a lei dos três estados idealizada por Auguste Comte.
5) Como Auguste Comte classificava as ciências?
6) Para Comte, qual era o papel da Sociologia?
7) Explique o que é fato social para Émile Durkheim.
8) Conforme Durkheim, quais métodos devem ser empregados pelo sociólogo ao analisar a sociedade?
9) Para Durkheim, qual era a tarefa da Sociologia?
2) Segundo Saint-Simon, como era possível superar a crise social advinda da Revolução Industrial?
3) Para Saint-Simon, qual era a função da Sociologia?
4) Explique a lei dos três estados idealizada por Auguste Comte.
5) Como Auguste Comte classificava as ciências?
6) Para Comte, qual era o papel da Sociologia?
7) Explique o que é fato social para Émile Durkheim.
8) Conforme Durkheim, quais métodos devem ser empregados pelo sociólogo ao analisar a sociedade?
9) Para Durkheim, qual era a tarefa da Sociologia?
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
Conceito:
A Sociologia é um ramo da Ciências Sociais que tem o objetivo de estudar a sociedade.
Importância do estudo da Sociologia:
A disciplina ajuda a formar um cidadão crítico, capaz de analisar a sociedade em que vive e decidir o que deve permanecer e o que deve ser transformado.
História da Sociologia
Período:
Período:
A Sociologia surgiu entre o final do século XVIII e o início do século XIX
Fatores que possibilitaram o desenvolvimento da Sociologia:
Intelectual - A Sociologia surgiu no contexto do Iluminismo, movimento intelectual que alterou a forma de pensar, favorecendo o desenvolvimento das Ciências Humanas.
Socioeconômico - A Sociologia surgiu no contexto da Revolução Industrial, que possibilitou o desenvolvimento do capitalismo. Essa revolução promovendo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento econômico e uma crise social, visto que apenas a minoria tinha acesso aos bens necessários à sobrevivência e a grande maioria era explorada e não tinha acesso a esses bens. Essas transformações sociais geraram a necessidade de fundar uma ciência capaz de explicá-las.
Fatores que possibilitaram o desenvolvimento da Sociologia:
Intelectual - A Sociologia surgiu no contexto do Iluminismo, movimento intelectual que alterou a forma de pensar, favorecendo o desenvolvimento das Ciências Humanas.
Socioeconômico - A Sociologia surgiu no contexto da Revolução Industrial, que possibilitou o desenvolvimento do capitalismo. Essa revolução promovendo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento econômico e uma crise social, visto que apenas a minoria tinha acesso aos bens necessários à sobrevivência e a grande maioria era explorada e não tinha acesso a esses bens. Essas transformações sociais geraram a necessidade de fundar uma ciência capaz de explicá-las.
Precursores:
Os precursores da Sociologia foram: Claude-Henri de Rovroy (Conde de Saint-Simon) , Isidore Auguste Marie François Xavier de Comte e Émile Durkheim.
Claude Henri de Saint-Simon (1760-1825)
Nasceu numa família aristocrata da França, mas sempre cultivou um espírito revolucionário. Seguiu carreira militar e participou da Guerra de Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa ao lado dos revolucionários.
Dedicou-se também à produção do conhecimento científico. Afirmava que a sociedade estava em crise e que para restaurar a ordem era necessário criar uma ciência que descobrisse as leis do desenvolvimento social que indicassem o caminho para o progresso. Essa ciência deveria ser a Física Social.
Através de seus estudos chegou à conclusão de que a elite científica e a industrial deveriam dirigir o desenvolvimento social, criando normas de conduta que atenuasse os conflitos entre as classes sociais e permitisse o aumento da produção e a melhoria das condições dos trabalhadores.
Auguste Comte (1798-1857)
Influenciado por Saint-Simon, também acreditava na necessidade de uma ciência que descobrisse as leis do desenvolvimento social e conduzisse a humanidade ao progresso. Denominou essa ciência de Sociologia.
A partir da observação da sociedade, Comte desenvolveu a lei dos três estados, segundo a qual o progresso humano ocorre através da sucessão de três estados: o teológico (no qual o homem busca explicações sobrenaturais), o metafísico (no qual o homem busca explicações em entidades abstratas) e o positivo ou científico (no qual o homem através da observação e experimentação estabelece as leis que regulam a sociedade). Esse último estado seria o mais desenvolvido.
Além da lei dos três estados desenvolveu uma Classificação das Ciências. Observou que as ciências se desenvolvem das mais simples para as mais complexas, na seguinte ordem: Matemática, Astronomia., Física, Química, Biologia e Sociologia. Para ele, as ciências mais complexas precisam das mais simples.
Do mesmo modo que Saint-Simon, Comte acreditava que a elite científica e industrial deveria conduzir a humanidade ao progresso.
Émile Durkheim (1858-1914)
Assim como Saint-Simon e Comte, Durkheim se preocupava com o desregramento da sociedade e considerava que a Sociologia era a ciência adequada para promover o desenvolvimento social. Contribuiu incessantemente para o desenvolvimento desta ciência, definindo como seu objeto de estudo o fato social, caracterizado como modos de sentir, pensar e agir, que se caracterizam pela exterioridade, coercitividade e generalidade. Para ele, o fato social deve ser entendido como uma coisa suscetível à análise através dos métodos utilizados pelas Ciências Naturais como a observação e a experimentação e o da comparação.
Segundo Durkheim, a sociedade estava desintegrada e apenas a Sociologia poderia promover a integração social.
Nasceu numa família aristocrata da França, mas sempre cultivou um espírito revolucionário. Seguiu carreira militar e participou da Guerra de Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa ao lado dos revolucionários.
Dedicou-se também à produção do conhecimento científico. Afirmava que a sociedade estava em crise e que para restaurar a ordem era necessário criar uma ciência que descobrisse as leis do desenvolvimento social que indicassem o caminho para o progresso. Essa ciência deveria ser a Física Social.
Através de seus estudos chegou à conclusão de que a elite científica e a industrial deveriam dirigir o desenvolvimento social, criando normas de conduta que atenuasse os conflitos entre as classes sociais e permitisse o aumento da produção e a melhoria das condições dos trabalhadores.
Auguste Comte (1798-1857)
Influenciado por Saint-Simon, também acreditava na necessidade de uma ciência que descobrisse as leis do desenvolvimento social e conduzisse a humanidade ao progresso. Denominou essa ciência de Sociologia.
A partir da observação da sociedade, Comte desenvolveu a lei dos três estados, segundo a qual o progresso humano ocorre através da sucessão de três estados: o teológico (no qual o homem busca explicações sobrenaturais), o metafísico (no qual o homem busca explicações em entidades abstratas) e o positivo ou científico (no qual o homem através da observação e experimentação estabelece as leis que regulam a sociedade). Esse último estado seria o mais desenvolvido.
Além da lei dos três estados desenvolveu uma Classificação das Ciências. Observou que as ciências se desenvolvem das mais simples para as mais complexas, na seguinte ordem: Matemática, Astronomia., Física, Química, Biologia e Sociologia. Para ele, as ciências mais complexas precisam das mais simples.
Do mesmo modo que Saint-Simon, Comte acreditava que a elite científica e industrial deveria conduzir a humanidade ao progresso.
Émile Durkheim (1858-1914)
Assim como Saint-Simon e Comte, Durkheim se preocupava com o desregramento da sociedade e considerava que a Sociologia era a ciência adequada para promover o desenvolvimento social. Contribuiu incessantemente para o desenvolvimento desta ciência, definindo como seu objeto de estudo o fato social, caracterizado como modos de sentir, pensar e agir, que se caracterizam pela exterioridade, coercitividade e generalidade. Para ele, o fato social deve ser entendido como uma coisa suscetível à análise através dos métodos utilizados pelas Ciências Naturais como a observação e a experimentação e o da comparação.
Segundo Durkheim, a sociedade estava desintegrada e apenas a Sociologia poderia promover a integração social.
Disciplina:
Na Europa, a disciplina Sociologia foi introduzida no currículo do ensino médio e depois no do superior. No Brasil, a Sociologia foi lecionada no Colégio Pedro II, a partir de 1925, e posteriormente, em 1933, foi introduzida na grade curricular da Escola Livre de Sociologia e Política. Em 1934, passou a ser ensinada na Universidade de São Paulo e, em 1935, na Universidade do Distrito Federal. Na década de 40, período em que Getúlio Vargas governava o país, a disciplina foi retirada do ensino médio e só retornou em 2008 com a aprovação da Lei n. 11.684/2008 pelo Congresso Nacional.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
- Introdução à Sociologia
- Direitos e Cidadania
- Movimentos sociais
- Direitos e Cidadania no Brasil
- Movimentos sociais no Brasil
- Cultura e ideologia
- Cultura e indústria cultural no Brasil
- Mudança social e Sociologia
- Revolução e transformação social
- Mudança e transformação social no Brasil
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
- Introdução à Sociologia
- Estrutura e Estratificação social
- Sociedade de castas
- Sociedade de estamentos
- Sociedade de classes
- Estratificação social no Brasil
- Surgimento do Estado Moderno
- Poder, política e Estado
- Poder, política e Estado no Brasil
- Democracia no Brasil
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